Noites liberais

"Estão aqui três gerações: o meu marido, o meu pai e um dos meus filhos"

Senhora de meia idade, entrevistada na feira de sexo da FIL

Top menos

Mais do que pelo Verão Azul ou pela Béa, a minha infância foi marcada pela miúda que aparecia com a lingua de fora durante o solo de guitarra de Still loving You, o clássico teledisco dos Scorpions.

Telepatia. Silêncio. Calma (que isso passa)

Escreveu um post onde lhe pedia muito para voltar.
Ela desconhecia blogs. Nunca lia posts. Mas voltou

Give Yoko a chance

Patrão e secretária

Um verdadeiro cavalheiro!
Instaurou o processo disciplinar, deu por provada a justa causa e despediu-se a si próprio por assédio sexual.

Para impressioná-la

Falou de bolotas, de pólen, de kruder e de Dorfmeister

O possessivo e a possessível

Era muito possessivo. Tão possessivo que, sempre que ia para a cama com outra, levava a namorada consigo.

Poesia contida (nas páginas de classificados)

Beatriz Pitinha

Pequenina
peitinho grande
cintura fina

faço oral, natural

como ninguém

No google, o liberalismo clássico está a perder terreno...

Friedrich Hayek - 61 700 Refs.



Selma Hayek - 754 000 Refs.

Salma Hayek - 873 000 Refs.

... e então quando o confronto é com os pós modernos...

... o melhor é nem falar

A sonâmbula

- Estás a dormir?
- Estou

Of mice and men

Um dia, encontrou um rato em casa. Decidiu, então, aceitar o convite de Z. para jantar, seguido de uma expectável (e agora desejada) noite de hotel.

Kant que se lixe!

poesia conTreta

Do céu

c
a
i
u

uma

P
E
D
R
A

Em cima acertou-lhe em cheio

Abriu-lhe a cabeça ao meio

Um meio pouco adequado

Para atingir o fim de um post

Aristóteles que se dane!

... Segundo Oliver Stone, terá sido assim que Alexandre (o Grande) respondeu a um dos seus generais, quando este tentava convencê-lo a não acasalar com a filha de um sátrapa persa, invocando para tal algo que Aristóteles havia leccionado.
Ainda segundo o dito Stone, a filha do sátrapa, Roxana (no filme interpretada por Rosario Dawson), teria este perfil:


Aristóteles que se dane?
Aristóteles que se f...!

Corente incontinente

Era tão coerente, tão coerente, tão coerente, que chegava a ser mais cunhalista que o próprio Álvaro.

Procura-se

Pessoa incoerente, nada convicta, a quem não tenhamos que estar agradecidos, por nunca por nós ter lutado.

Uma luta sem fim?

Mesmo descontando a ignorância que saltou à vista sempre que se desceu ao detalhe - ou, quiçá, também por esta -, as imagens do funeral de Álvaro Cunhal são impressionantes. E arrepiantes.
O Rui Tavares tem razão: "(...). Existe uma cultura, um povo e uma história de esquerda em Portugal. (...)". E que esquerda!
Por isso, também do lado de cá da barricada, a luta continua.

Mais um combatente

"Homem simples, só conhecia uma linguagem, a do ataque, e por isso avançava, avançava sempre sobre quem quer que fosse, sem nunca parar, indiferente às contigências da acção. E ao avançar, de cabeça baixa e tronco inclinado, desferia continuamente aquelas bombas que quebravam a resistência dos mais aptos"

Pedro Reis sobre Joe Frazier
(em Entre Cordas - relatos de boxe, 1995, edição do autor)

Nem só de combatentes pela "liberdade" vive este mundo

Mike Tyson abandona de vez os ringues.

O marciano rousseauniano

Visitou Portugal, planeta Terra, por alturas do Santo António/2005. Viu televisão e ouviu TSF. Partiu convencido de que em todos os selvagens habitava um bom selvagem.

Um país muito simpático

Na hora da morte, todos merecem os elogios de todos. É assim, em Portugal: um país, se não convictamente, pelo menos tradicionalmente católico, onde paira a ideia de que, a quem morre, tudo deve ser desculpado; um país de brandos costumes, onde se acha que ninguém fez, ou faz, verdadeiramente mal a ninguém. Um país de merda - o que, bem vistas as coisas, é aquilo que ainda o torna um sítio agradável para se viver.

O gajo é um cabrão

Encontrou a mulher de estimação enrolada com uma cobra. Juntou-se à festa, mas deu mais atenção à cobra.

A gaja é uma víbora

Encontrou a cobra de estimação enrolada na mulher. Nem um instante hesitou para requerer a anulação do casamento com base em erro sobre o objecto.

Baixa finança

Foi posto no olho da rua depois de ter sido apanhado nos melos com a secretária. Já o outro, que estava nos espírito santo com a criada, safou-se.

O referendo que interessa

Sim ou Não ao barco do Chanquete.

The office (roller)

Distribuía o correio interno num escritório com não sei quantos mil metros quadrados. No dia em que quiseram instituir o correio azul interno, naturalmente, foi de patins.

O GNR da BT

No meio do fim-de-semana prolongado, tirou umas mini-férias.

Vietnam vet

Era veterinário e não viveu feliz para sempre. A dada altura, entrou em pânico. Ao pânico seguiu-se a depressão, e a esta, a solidão. Abandonado por mulher e filhos, com a reputada carreira destruída, a clínica que construiu falida e a (em tempos choruda) conta bancária pelas ruas da amargura. Como ele, aliás, que passou a viver debaixo de uma ponte em risco de ruir. Acabou por enlouquecer e suicidar-se. Um triste fim. Tudo por ter perdido uma acção de negligência médica intentada pelos descendentes de uma rara iguana vietnamita (oriunda de uma família em vias de extinção), morta durante uma simples operação para remoção do apêndice.

A beleza está por dentro

Pelo menos, a verdadeira.

A workaholic pragmática

Era tão ocupada, tão ocupada, que só foi alterar o estado civil do seu B.I., para casada, um dia antes de se divorciar.

UFO

O futuro é um lugar inevitável. São já clássicas as histórias em que, sem saber bem como, de repente, alguém com ele se depara.
Em Cambridge, Massachussetts, Jorge Luis Borges encontrou-se consigo próprio; em Estocolmo, o Professor Isak Borg deu de caras com a sua morte; para lá do infinito, Dave Bowman assistiu ao seu próprio renascimento; e hoje, aqui, também eu fui alvo de uma estranha ocorrência.
Após almoçar num restaurante, dirigi-me ao balcão para pagar a conta por multibanco. Entreguei o cartão, marquei o código e esperei. Segundos depois, devolvendo o cartão, indolente, o empregado disse-me:
- Caducado, o cartão está caducado.
- Impossível, o prazo só expira em Abril de 2006 - respondi-lhe, depois de confirmar a data da validade.
- 2006??? Onde é que isso já vai, onde é que isso já vai...
Resignado, antes de procurar dinheiro nos bolsos, olhei para o lado. Sentado a uma mesa, preparado para começar a almoçar, lá estava eu. Estava perto e olhei bem. Pus os óculos e olhei melhor. Olhei, mas não enxerguei com quem.

Conversas de alguidar

F. conta a B. que o vocalista do último disco que ouviu lhe soou a "um Morissey gay". B., confundido, pergunta-lhe "o que é um Morissey gay?". F., surpreendido pela ignorância do amigo, informa-o: "é assim, como um John Wayne viril".

iPod. E tu, podes?

Mister Mojo Risin'

"Rise, Lord Vader" ou, na tradução portuguesa, "Ergue-te, Lord Vader!". O apelo pode ser lido um pouco por toda a cidade nos cartazes de promoção do último Guerra das Estrelas.
Não sei se como publicidade funciona, mas sei que, tendo em conta o capacete da personagem, este é um slogan de péssimo gosto.

Mais uma razão do Não

Em França e na Holanda, as donas de casa decidiram votar não quando souberam que o famoso "canalizador polaco" se limitava a consertar canos.

Para preencher a quota semanal de música estrangeira

prospect hummer ep, Animal Collective

E que tal tornar o referendo útil

O meu não vai, antes de mais, para a Fátima Campos Ferreira.

Na RTP, Vital e Pacheco discutem o alargamento a leste

O envergonhado pragmático

Tinha vergonha de adorar arte contemporânea. Inventou a máquina do tempo, rumou ao futuro e assumiu o seu gosto.



24 Hour Psycho
Douglas Gordon

Fim de festa

É triste acabar tudo ao som de Marante.
- Então põe outra coisa...

Diálogos conjugais

- I'm gonna make some coffee. Do you want some?
- No, thanks.
- Do you want me to order out?
- I'm not that hungry.
- Did you have an affair with her?
- Yes.
- Did you love her?
- Yes.
- Do you love me anymore?
- (...)*

*De nip/tuck. Muito boa série.

Habermas é se nos bemos daqui a bocado

Certo. Mas há quem prefira Lisboa e Webber.

O clássico pragmático

Sempre sonhou fazer um disco de Mozart. Entrou na Fnac, olhou em volta, não viu ninguém, e fez.

O ambicioso pragmático

Ambicionava realizar um filme de acção. Saiu de casa e deixou o Rambo a gravar.

O liberal clássico

Precisava de batatas. O mercado da Ribeira resolveu-lhe o problema.

Portugal: Europe's West Coast*

Dadas as circunstâncias, pelo menos no meu carro


*Título de uma campanha concebida pela BBDO Portugal