5.19.2005

A invisibilidade do óbvio

Na nossa media desportiva, o treinador português é uma vaca sagrada. Apesar de perder, é sempre um grande treinador; apesar de incompetente, tem sempre muito a ensinar; apesar da ausência de currículo, tem sempre uma enorme experiência; apesar de fraco, é sempre um excelente condutor de homens. O único treinador português que se desvia da perfeição é José Mourinho. Tem todas as qualidades dos outros, mas acrescenta-lhes um defeito: é arrogante e malcriado.
Peseiro, como quase todos os treinadores portugueses, é um treinador perfeito. Um grande treinador, com muito para ensinar, uma enorme experiência e excelente na condução de homens. Portanto, só uma coisa o justifica e absolve: a invisibilidade do óbvio.

A desolação é tal que até me dá para citar Nelson Rodrigues.
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