5.18.2005

Alias

Comecei por ver Alias como um sucedâneo mais do que menos apagado de 24, sem a acção em tempo real nem o alucinante e aditivo ritmo desta, mas com elementos e uma intriga afins: Los Angeles, a CIA, sombrias organizações criminosas que querem dar cabo da América para conquistar o mundo, terrorismo high-tech, torturas imaginativas, bons e maus, gadgets de ponta e decisões rápidas sobre a proporcionalidade e adequação dos meios usados para atingir os fins, numa série que, mais que impingir uma qualquer moral, pretende distrair divertindo.
À medida que os capítulos foram avançando, deixei de subalternizar Alias a 24. Primeiro, converti-me às personagens: Sidney Bristow (a boa), Irina Derevko (a ) Arvin Sloane (o vilão), Marshall Flinkman (o equivalente ao Q dos James Bonds, fisicamente igual a um Mel Gibson anão mas com uma graça desgraçada) ou Rambaldi (a personagem chave, que, apesar de morta há 500 anos, por via dos misteriosos manuscritos e artefactos que deixou, é o motor de toda a acção); depois, deixei-me seduzir pelos alias da heroína e pelos lugares – ao contrário de 24, Alias é uma série literalmente passada à volta do planeta; para finalmente entrar naquele mundo onde, como em qualquer boa história de espionagem, ninguém é bem aquilo que parece até ao dia em que acaba por parecer aquilo que é.
Hoje, a caminho da season 3, já não quero outra coisa.
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