na floresta vive um monstro
Saraband é um filme menor para Bergman, longe de - só para lembrar um dos últimos que formalmente a este se assemelha - Sonata de Outono. Ainda assim, gostei muito da cena em que Erland Josephson humilha e agride o filho. Estou a torcer pelo velho e chego a ter pena que ele não seja (ainda) mais porco, mais cruel. Pois é, os melhores autores, e os melhores actores, são capazes de me pôr a vibrar com a maldade. Eu, como todos (os que negarem são mentirosos ou ingénuos), tenho uma natural necessidade de alimentar o sadismo que há mim. Felizmente, até agora, tenho-o conseguido com coisas tão inofensivas como ir ao cinema.
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