1.09.2005

you want to go out friday, and you want to go forever ...

À partida, um concerto dos R.E.M. no Pavilhão Atlântico numa sexta-feira à noite, é coisa a que se vai mas da qual não se espera nada do outro mundo. Primeiro, já se sabe, o pavilhão não é um lugar agradável para assistir a concertos (pelo menos daqueles onde a música interessa). É frio, grande demais, o que estraga o som e distrai as massas. Segundo, os R.E.M. já deram o que de melhor tinham para dar, limitando-se, agora, a picar o ponto de quando em vez. Os últimos grandes discos, coincidentes com dois dos meus favoritos, datam de há uns anos atrás: Up e o fabuloso Monster (nem uma, caraças, nem uma), de 1998 e 1995, respectivamente.
Não esperava muito e pouco mais tive: dois momentos altos, com Begin the Begin e Walk Unfraid; o último cd – Arround the Sun – descarregado quase por completo (valeu, sobretudo, High Speed Train); competentes interpretações de Loosing my Religion, The Great Beyond e The One I Love; má versão de Drive, onde a inexplicável falta do famoso solo de guitarra deixou uma amarga sensação a coitus interruptus; um momento Ramones, com a repescagem da primeira música do grupo Permanent Vacation (e eu a pensar - quando ouvi o título - que iam tocar uma cover de Neil Young); Michael Stipe, parecido com um boneco de uma banda desenhada Marvel, a dançar muito bem; enfim, um serviço de bar exemplar.
Valeu a pena. Sem ser propriamente a minha praia preferida (ou talvez por isso mesmo), os R.E.M., ainda que em ritmo de manutenção, dificilmente desiludem. Convém é já não ter grandes ilusões.
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