as férias da Rita (ou a culpa tem que deixar de ser do Cavaco)
Eis senão quando aterro num blog que de imediato se torna para mim essencial. Um blog pertinente onde são colocadas questões relevantes, só por si, já seria um achado. Mas este vai mais à frente: debruça-se, ainda que de forma discreta, sobre “as férias da Rita”.
Se há tema capaz de escaldar almoços à partida maçadores, é este. Motivo para longos debates e empenhadas discussões - as quais, apesar do tom civilizado, resvalam por vezes para questiúnculas que não de pormenor entre pessoas que se querem bem -, as férias da Rita são como um leitmotiv para a vida que passa. Todo aquele que convive com a Rita acaba por viver as vicissitudes que as suas férias sempre acarretam. E ao vivê-las faz delas assunto. Matéria para reflexão. “As férias da Rita” infiltram-se no património mental dos que a rodeiam, passando a fazer parte do mesmo. Perduram, mesmo depois da Rita deixar de ser companhia habitual, como memória ancorada no fundo da massa encefálica, da mesma forma que aqueles bonecos de plasticina checoslovacos que o Vasco Granja tinha por péssimo hábito impingir antes de passar para o Bugs Bunny permanecem na mente de todos os que tiveram o azar de um dia assistir ao Animação 2.
Nos últimos anos, as férias da Rita têm coincidido com certos e determinados “eventos” menos bons. "Eventos" que, inclusivamente, são maus. Atentados, apagões, tsunamis (?). A Rita parte para parte em regra certa, quente e distante; o evento dá-se; a notícia surge, instala-se, e, dura, dura e vai durando. Descoberto o nexo de causalidade, hoje, as vésperas de férias da Rita não podem deixar de ser vistas como um pronuncio de desastre.
Talvez por isso, ou quiçá por razões mais prosaicas (não quero crer), a Rita – generosa e bem formada - resolveu reduzir as suas férias, ao ponto de, no ano transacto, ter abdicado de parte significativa das mesmas em prol de um próximo desconhecido. De nada lhe valeu. De nada lhes valeu - com tão bem se sabe. Bastou uma semana a recuperar a praia perdida para que uma nova tragédia de proporções incalculáveis ocorresse.
Não há saída. As férias da Rita emanciparam-se da pequena esfera local onde costumavam fazer mossa e passaram a ser fenómeno com relevância universal. Determinante, incontornável, conforme os acontecimentos o demonstram.
Dito isto, é sem espanto que vejo alguém tomar a iniciativa de pôr as férias da Rita à consideração do mundo. Afinal de contas, não será o mundo, por via daqueles que nele habitam, o maior interessado nas ditas férias?
Se há tema capaz de escaldar almoços à partida maçadores, é este. Motivo para longos debates e empenhadas discussões - as quais, apesar do tom civilizado, resvalam por vezes para questiúnculas que não de pormenor entre pessoas que se querem bem -, as férias da Rita são como um leitmotiv para a vida que passa. Todo aquele que convive com a Rita acaba por viver as vicissitudes que as suas férias sempre acarretam. E ao vivê-las faz delas assunto. Matéria para reflexão. “As férias da Rita” infiltram-se no património mental dos que a rodeiam, passando a fazer parte do mesmo. Perduram, mesmo depois da Rita deixar de ser companhia habitual, como memória ancorada no fundo da massa encefálica, da mesma forma que aqueles bonecos de plasticina checoslovacos que o Vasco Granja tinha por péssimo hábito impingir antes de passar para o Bugs Bunny permanecem na mente de todos os que tiveram o azar de um dia assistir ao Animação 2.
Nos últimos anos, as férias da Rita têm coincidido com certos e determinados “eventos” menos bons. "Eventos" que, inclusivamente, são maus. Atentados, apagões, tsunamis (?). A Rita parte para parte em regra certa, quente e distante; o evento dá-se; a notícia surge, instala-se, e, dura, dura e vai durando. Descoberto o nexo de causalidade, hoje, as vésperas de férias da Rita não podem deixar de ser vistas como um pronuncio de desastre.
Talvez por isso, ou quiçá por razões mais prosaicas (não quero crer), a Rita – generosa e bem formada - resolveu reduzir as suas férias, ao ponto de, no ano transacto, ter abdicado de parte significativa das mesmas em prol de um próximo desconhecido. De nada lhe valeu. De nada lhes valeu - com tão bem se sabe. Bastou uma semana a recuperar a praia perdida para que uma nova tragédia de proporções incalculáveis ocorresse.
Não há saída. As férias da Rita emanciparam-se da pequena esfera local onde costumavam fazer mossa e passaram a ser fenómeno com relevância universal. Determinante, incontornável, conforme os acontecimentos o demonstram.
Dito isto, é sem espanto que vejo alguém tomar a iniciativa de pôr as férias da Rita à consideração do mundo. Afinal de contas, não será o mundo, por via daqueles que nele habitam, o maior interessado nas ditas férias?
<< Home