11.13.2004

isto (não) é a fingir

Não quero que muitos dos poucos que por aqui passam fiquem a pensar que esta fase algo autoconfessional por que estou a passar é mesmo uma fase autoconfessional. Fingir é bom e eu gosto. E não é por acaso que dois dos meus poemas preferidos são Autopsicografia e, talvez ainda mais, este (que àquele tanto deve):

Dores

Às dores inventadas
Prefere as reais.
Doem muito menos
Ou então muito mais…


[Alexandre O’Neill, No Reino da Dinamarca, 1958]
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