7.09.2004

os mortos e os nus

Pelas ruas de Lisboa é possível ver um cartaz do PCP onde um cadáver ainda fresco reclama por eleições.
Homem, mulher ou hermafrodita; inspirado, ou não, na Sigourney Weaver do Alien 3, em Ney Matogrosso enquanto jovem ou numa personagem dos filmes de D. W. Griffith; não restam dúvidas que aquela figura está morta e que o seu óbito não ocorreu há muito tempo.

Bastaram 5 minutos de Ana Gomes na SIC notícias e um quarto de hora de fórum TSF, para me tornar um descomplexado apoiante de Santana Lopes. A postura primária, arruaceira e vulgar que se começa a vislumbrar na esquerda saudosista, e o facto desta estar a assumir as rédeas da contestação a Santana, são boas notícias para a coligação.
Ao repetir os erros que cometeu nas eleições autárquicas de Lisboa (onde, apesar de tudo, até tinha obra para mostrar), pondo a nu os tiques e discursos revolucionários que só em momentos de acalmia são guardados na gaveta, esta esquerda irá, por um lado, ajudar a mobilizar os menos entusiastas da solução de direita que actualmente se perfila e, por outro, tornar as suas debilidades cada vez menos visíveis.
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