quem imaginaria acordar e, pela manhã, constatar que o País tinha sido entregue a Santana Lopes
Sem querer entrar (para já) na discussão sobre se deve, ou não, haver novas eleições legislativas (em princípio, sou contra a realização de eleições antecipadas), o que agora mais me intriga e preocupa é o silêncio de tantas e tantas pessoas de bom senso, responsáveis, inteligentes, competentes e credíveis, da área política do governo, perante a hipótese de Pedro Santana Lopes vir a ser primeiro-ministro.
Quando ontem, ao fim da tarde, ouvia a notícia de que Durão Barroso ia deixar o cargo, e que Santana Lopes era o seu provável sucessor, pensei primeiro que era uma brincadeira de mau gosto e, depois, que se tratava de uma hipótese meramente teórica lançada pelos media e, eventualmente, alimentada pelo próprio Santana.
Ora, não sendo a hipótese Santana uma anedota (o que, em qualquer caso, é impossível deixar de ser), o normal - de forma ingénua pensei - seria que no PSD, na coligação, ou na área politica por ela representada, de imediato, se levantassem reacções enérgicas e claras contra tal possibilidade. Só que, até agora – e já passou tempo demais – a única coisa que vi foram uns tímidos e não muito claros posts no Abrupto de José Pacheco Pereira.
Ainda não apareceu ninguém da área politica do governo a dizer de forma simples aquilo que tanta gente pensa: Santana Lopes como primeiro-ministro - em qualquer circunstância e mais ainda nestas - é um absurdo.
Não quero crer que este lamentável silêncio é calculismo táctico resultante do receio de Santana vir mesmo a ocupar o cargo de primeiro-ministro. Não quero crer que todas as pessoas do PSD e da área do governo que, com o seu bom senso, consideram desastrosa a possibilidade do país vir a ser governado por Santana, estão com medo de falar e ferir a susceptibilidade deste possível futuro primeiro-ministro, precisamente, por ser um possível futuro primeiro-ministro.
Muitas coisas poderão estar a passar-se neste momento; a actividade dos telemóveis estará certamente ao rubro e, possivelmente, estarão já na forja alternativas credíveis para a resolução desta pré-crise politica. Mas enquanto ninguém diz nada, vamos todos continuar a adormecer com a possibilidade de acordar no dia seguinte com Santana a governar o país. E isso é algo que não se faz.
Quando ontem, ao fim da tarde, ouvia a notícia de que Durão Barroso ia deixar o cargo, e que Santana Lopes era o seu provável sucessor, pensei primeiro que era uma brincadeira de mau gosto e, depois, que se tratava de uma hipótese meramente teórica lançada pelos media e, eventualmente, alimentada pelo próprio Santana.
Ora, não sendo a hipótese Santana uma anedota (o que, em qualquer caso, é impossível deixar de ser), o normal - de forma ingénua pensei - seria que no PSD, na coligação, ou na área politica por ela representada, de imediato, se levantassem reacções enérgicas e claras contra tal possibilidade. Só que, até agora – e já passou tempo demais – a única coisa que vi foram uns tímidos e não muito claros posts no Abrupto de José Pacheco Pereira.
Ainda não apareceu ninguém da área politica do governo a dizer de forma simples aquilo que tanta gente pensa: Santana Lopes como primeiro-ministro - em qualquer circunstância e mais ainda nestas - é um absurdo.
Não quero crer que este lamentável silêncio é calculismo táctico resultante do receio de Santana vir mesmo a ocupar o cargo de primeiro-ministro. Não quero crer que todas as pessoas do PSD e da área do governo que, com o seu bom senso, consideram desastrosa a possibilidade do país vir a ser governado por Santana, estão com medo de falar e ferir a susceptibilidade deste possível futuro primeiro-ministro, precisamente, por ser um possível futuro primeiro-ministro.
Muitas coisas poderão estar a passar-se neste momento; a actividade dos telemóveis estará certamente ao rubro e, possivelmente, estarão já na forja alternativas credíveis para a resolução desta pré-crise politica. Mas enquanto ninguém diz nada, vamos todos continuar a adormecer com a possibilidade de acordar no dia seguinte com Santana a governar o país. E isso é algo que não se faz.
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