o que vale é que, agora, não tenho mais que inventar títulos
O Rui Tavares (não confundir com Rui Tovar, do tempo em que futebol na televisão era um luxo de última hora) num belo post, faz o elogio ao, agora, mal amado Rui Costa.
É verdade que o Rui Costa fez uma boa jogada (não será a melhor jogada de sempre, mas é, aditamos, muito boa) no segundo golo do jogo contra a Rússia, só que, no resto do tempo em que esteve em campo, fez muito pouco, tal como no jogo com a Grécia, onde não fez mesmo nada.
Para mim, a questão é saber se vale a pena ter em campo um jogador que, eventualmente, poderá fazer uma brilhante jogada, mas em 90% do tempo é um jogador a menos, ou um outro, que também possa fazer essa eventual brilhante jogada e, no resto do jogo, jogue, como é o caso de Deco.
Dirão: então porque não jogar com os dois. Pela razão que passo a expor:
Deco sabe (tal como nós sabemos) que o grupo de veteranos da selecção (Figo, Rui Costa e Couto) não gosta da sua convocação – Figo, sem que agora tal venha a propósito, continua a insistir que é contra a chamada de naturalizados –, e sabe (tal como nós sabemos) que esse grupo continua, apesar de as expectativas que com Scolari a este respeito foram criadas, a ter uma influência despropositada em aspectos que não são da sua competência, como decidir quem deve jogar e onde deve jogar. Deco é um rapaz simples e humilde e, por isso, deixa-se condicionar por esta situação. Assim, quando Rui Costa está em campo, Deco acanha-se, faz cerimónia, inibe-se, quase tem medo de jogar bem para não ofuscar o grande Rui Costa, passa a bola quando, em circunstâncias normais, continuaria a inventar com ela, comporta-se como aqueles meninos que tentam agradar ao dono da bola para que ele continue a deixá-los entrar no jogo. Em suma, com os dois em campo, Rui Costa não joga, nem deixa jogar. Isto, para não falar no facto de jogarem os dois na mesma posição, o que também contribui para se atrapalharem mutuamente.
Depois, Rui Costa, por melhor jogador que seja, não pode portar-se como uma peixeira, a gritar com os jornalistas, a ofender-se com as perguntas que lhe fazem, e a dar respostas inacreditáveis, como quando, questionado sobre o que havia mudado na equipa com a sua substituição frente à Grécia, respondeu: “nada mudou, perdemos na mesma”, num tom susceptível de ser interpretado como querendo dizer: os que entraram fizeram exactamente a mesma merda que eu.
Meu caro Rui Tavares, não é uma fama criada por gente de má vontade (quem me dera que Rui Costa arrasasse em todos os jogos), mas sim algo que se tem vindo a constatar à vista desarmada nos últimos anos.
Quanto ao resto, Figo também não está no seu melhor, mas ainda vai jogando o mais que suficiente para ser titular; Simão é bom, mas Cristiano Ronaldo é muito melhor; a dupla Ricardo carvalho / Jorge Andrade é para manter (embora Jorge Andrade nos últimos minutos do jogo com a Rússia tenha vacilado); Nuno Valente e Miguel estiveram muito bem (sobretudo este último, que corre muito, nunca se cansa e às vezes acerta); e Pauleta, mesmo sem jogar um corno, não tem substituto.
(uma outra questão que tenho colocado, é a de saber porque é que a maioria das mulheres gosta muito mais de futebol quando jogam selecções do que quando jogam clubes)
É verdade que o Rui Costa fez uma boa jogada (não será a melhor jogada de sempre, mas é, aditamos, muito boa) no segundo golo do jogo contra a Rússia, só que, no resto do tempo em que esteve em campo, fez muito pouco, tal como no jogo com a Grécia, onde não fez mesmo nada.
Para mim, a questão é saber se vale a pena ter em campo um jogador que, eventualmente, poderá fazer uma brilhante jogada, mas em 90% do tempo é um jogador a menos, ou um outro, que também possa fazer essa eventual brilhante jogada e, no resto do jogo, jogue, como é o caso de Deco.
Dirão: então porque não jogar com os dois. Pela razão que passo a expor:
Deco sabe (tal como nós sabemos) que o grupo de veteranos da selecção (Figo, Rui Costa e Couto) não gosta da sua convocação – Figo, sem que agora tal venha a propósito, continua a insistir que é contra a chamada de naturalizados –, e sabe (tal como nós sabemos) que esse grupo continua, apesar de as expectativas que com Scolari a este respeito foram criadas, a ter uma influência despropositada em aspectos que não são da sua competência, como decidir quem deve jogar e onde deve jogar. Deco é um rapaz simples e humilde e, por isso, deixa-se condicionar por esta situação. Assim, quando Rui Costa está em campo, Deco acanha-se, faz cerimónia, inibe-se, quase tem medo de jogar bem para não ofuscar o grande Rui Costa, passa a bola quando, em circunstâncias normais, continuaria a inventar com ela, comporta-se como aqueles meninos que tentam agradar ao dono da bola para que ele continue a deixá-los entrar no jogo. Em suma, com os dois em campo, Rui Costa não joga, nem deixa jogar. Isto, para não falar no facto de jogarem os dois na mesma posição, o que também contribui para se atrapalharem mutuamente.
Depois, Rui Costa, por melhor jogador que seja, não pode portar-se como uma peixeira, a gritar com os jornalistas, a ofender-se com as perguntas que lhe fazem, e a dar respostas inacreditáveis, como quando, questionado sobre o que havia mudado na equipa com a sua substituição frente à Grécia, respondeu: “nada mudou, perdemos na mesma”, num tom susceptível de ser interpretado como querendo dizer: os que entraram fizeram exactamente a mesma merda que eu.
Meu caro Rui Tavares, não é uma fama criada por gente de má vontade (quem me dera que Rui Costa arrasasse em todos os jogos), mas sim algo que se tem vindo a constatar à vista desarmada nos últimos anos.
Quanto ao resto, Figo também não está no seu melhor, mas ainda vai jogando o mais que suficiente para ser titular; Simão é bom, mas Cristiano Ronaldo é muito melhor; a dupla Ricardo carvalho / Jorge Andrade é para manter (embora Jorge Andrade nos últimos minutos do jogo com a Rússia tenha vacilado); Nuno Valente e Miguel estiveram muito bem (sobretudo este último, que corre muito, nunca se cansa e às vezes acerta); e Pauleta, mesmo sem jogar um corno, não tem substituto.
(uma outra questão que tenho colocado, é a de saber porque é que a maioria das mulheres gosta muito mais de futebol quando jogam selecções do que quando jogam clubes)
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