6.15.2004

o que vale é que, agora, há jogos todos os dias

Vi o Sousa Cintra na TVE a dizer que 'o Figue Jlugává trés bienó, péro que estava maleitado pior tantó cáliente que flaz cá'
Pois é. O Figo com aquele ar de mártir que carrega com tudo às costas – a equipa, o peso da responsabilidade, os ais - que ainda são muitos -, a gestão dos estabelecimentos de diversão veraneia do China – até as costas ficarem curvadas para a frente de tanto peso, está como peixe ("pêxe", segundo Sousa Cintra) na água, neste calor subdesenvolvido em que vivemos.
O ar de mártir cansado de tanto aguentar, cai que nem ginjas (o que é que esta expressão quer dizer? onde é que caiem as ginjas? Porque e que as ginjas caiem bem?) na retina (ginjas na retina?) de quem o vê a correr com aquele verde colete em Alcochete (de propósito para rimar).
Todos ficamos a admirá-lo mais. É só cabelos; é só tatoos; é só chuteiras; é só reclames; e campanhas beneméritas; e um calor insuportável que, em cima dos pesos com que acarta, não o deixa (dêxa, diria Sousa Cintra) jogar tão bem como... O Ronaldo (de Reagan), por exemplo.
Posto isto, digo por quem torço:
(ainda) Por Portugal
Pela Inglaterra
Pela Holanda
Pela Itália
Pela Grécia
Para que o Gilberto Madaíl deixe de aparecer na televisão agarrado a um telemóvel, dando ainda pior imagem desta pocilga
Para que o Gilberto Madaíl deixe de aparecer
Para que o Gilberto Madaíl não fale mais e deixe de aparecer na Praça da Alegria
Para que a RTP deixe de aproveitar o Euro para fazer, todas as noites, uma Praça da Alegria ambulante, onde são entrevistadas as ‘senhoras idosas’ deste país, quase sempre vestidas de bata.
E o Rossio? transformado na praça central que, há muitos anos, deixou de ser. É bonito.


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