luto pela eliminação da Itália
A Itália tem o condão de proporcionar a quem a segue em europeus e mundiais momentos verdadeiramente dramáticos. No euro 2000 caiu no último minuto da final com o golaço em volei de Trezeguet, depois de, com um sistema táctico quase perfeito, ter secado durante 90 minutos uma super França; antes, nas meias-finais, aguentou-se com menos um jogador frente à Holanda que jogava em casa, num dos mais bem jogados e espantosos jogos defensivos que já vi. Em 2002 foi eliminada pela Coreia e por uma arbitragem vergonhosamente caseira, num jogo em que tudo fez para ganhar. Ontem, massacrou a Bulgária, muitas vezes de forma atabalhoada, é certo, mas nunca deixando de forçar o golo da vitória que poderia dar-lhe o merecido apuramento. O golo apareceu no último segundo, o apuramento não, já que, segundos antes de Cassano marcar, Sorensen, um dos melhores guarda-redes do torneio, deu um monumental frango e com ele entregou o apuramento à Suécia.
Se há imagem que melhor ilustra o que de mais forte o futebol tem, é a do avançado italiano a explodir de alegria com o golo marcado em cima da hora (não sabia o resultado do outro jogo) e a súbita transformação que sofre ao aperceber-se de que o mesmo, afinal, não serviu para nada.
Quem é eliminado assim merece tudo.
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