Ir mais além da Praia (ou o meu viva à Reagan Revolution)
“Triclenomics”. Trickle Down Economics – um sistema onde não existem barreiras significativas para a acumulação de riqueza pelos indivíduos, baseado num simples princípio (discutível, mas em alguns contextos de eficácia comprovada) que nos informa que “se o cavalo comer melhor pasto, os pássaros comerão melhor”; ou seja, se os mais ricos tiverem maior riqueza para gastar e investir, os menos ricos acabarão por beneficiar dessa mesma riqueza, ou - dito ainda de outra forma - a redução das taxas dos impostos sobre os rendimentos e o capital poderão, afinal, beneficiar todos os cidadãos e não apenas os detentores desse capital.
Foi neste princípio que se inspirou a politica seguida por Reagan e na América, onde foi aplicada, esta politica resultou: a América tornou-se globalmente mais competitiva e próspera e um melhor local para se viver durante o período em que surtiu efeitos.
Dizer o contrário, pelo menos de uma forma que não abre hipótese à discussão, é intelectualmente desonesto ou ignorantemente faccioso. Ou só ignorante.
Independentemente das considerações politicas que se façam sobre os anos Reagan, não é certo afirmar, como se de uma absoluta verdade se tratasse, que os cortes nos impostos então concretizados apenas tenham abrangido e beneficiado os ‘ricos’, a menos, claro, que consideremos todos os americanos relativamente ricos.
Deixemo-nos de tretas. Na verdade, o americano médio beneficiou, durante a presidência Reagan, de um corte de 22% nos impostos a seu cargo, e, os menos ricos de todos (mas, ainda assim ricos?), viram os seus impostos baixarem em 38 %.
Está estudado e dito por muitos – World Almanac, National Rewiew, Census Bureau (p. Ex.) - que o resultado destes cortes brutais nos impostos – de todos - levados a cabo pela administração Reagan, ao contrário do que alguns apregoam, não tiveram como resultado os pobres ficarem mais pobres e os ricos mais ricos, mas precisamente o contrário. Fruto das Reaganomics, o gap entre ricos e pobres diminuiu. Como também não é certo afirmar que os cortes nos impostos contribuíram substancialmente para o aumento do défice (para o dobro e não para o triplo).
Ao não passar da Praia, corre-se o risco de tomar por verdadeiras algumas das fábulas que à volta da revolução conservadora de Reagan foram sendo criadas.
O aumento do défice - pondo de lado o espanto (ou nem por isso) com a súbita importância que este, quando estamos a falar da América, passa a ter para a esquerda que cá o subvaloriza – alicerçou-se noutras causas:
(i) Numa descida acelerada da até então galopante inflação herdada do fraquíssimo Jimmy Carter - esse, sim, um presidente para esquecer, cuja pobre performance económica deixou a economia consideravelmente debilitada -, que levou ao aumento genérico da despesa federal com vista à revitalização da economia (revitalização que, entre outras coisas boas, teve como consequência um substancial aumento na criação de emprego, também ele, neste contexto Reaganistico, menosprezado pela esquerda facciosa que aqui em Portugal o reclama).
(ii) E no específico e significativo aumento de gastos com a defesa, a partir dos quais se criaram as condições para tornar a América de tal forma segura (pelo menos virtualmente) que, por arrasto, acabou com a União Soviética, num feito comparável à queda de Cartago face a Roma.
Mas este facto, na Praia onde se ditam verdades absolutas, já é questionável e matéria de debate. Quem acha que Reagan deu cabo da economia e finanças americanas, e não quer falar mais nisso, acha igualmente que a queda da União Soviética, do muro, e dos regimes comunistas que pela Europa proliferavam, se deve, não tanto a Reagan (e ao Papa, acrescento eu), como - depreende-se que sobretudo - ao declínio inexorável para o qual caminhavam desde a década de 60 (!?).
Os checos, os polacos, os alemães de leste, os romenos e outros povos de leste que passaram os 60, 70 e 80, nos seus países, que o digam.
Ora, o fim do comunismo global, se outras vantagens não trouxe aos nossos esquerdistas locais, serviu para que, anos depois de Reagan, pudessem vangloriar-se com alguns dos feitos do seu herói americano: Clinton, Bill.
Não fosse o desaparecimento do Bloco de Leste e da ameaça que para os EUA ele representava, e não teria podido Clinton cortar a eito despesas correntes até aí por ninguém postas em causa. Só para dar um exemplo: com o fim da guerra-fria, o staff do Pentágono foi reduzido em 71%. Graças a quem? A Clinton. Mas também a Reagan, que tornou dispensáveis essas despesas.
Olhando para os factos, a performance económica da presidência de Reagan quando comparada com os períodos anterior (Ford-Carter) e posterior (Bush-Clinton), ganha à luz de quase todos os critérios chave de análise.
Mas, na Praia – onde abortar de graça e proibir as rezas nas aulas são as verdadeiras prioridades -, o crescimento económico, o aumento do rendimento familiar médio, a descida da inflação, a subida do emprego e da produtividade, são questões de somenos.
Foi neste princípio que se inspirou a politica seguida por Reagan e na América, onde foi aplicada, esta politica resultou: a América tornou-se globalmente mais competitiva e próspera e um melhor local para se viver durante o período em que surtiu efeitos.
Dizer o contrário, pelo menos de uma forma que não abre hipótese à discussão, é intelectualmente desonesto ou ignorantemente faccioso. Ou só ignorante.
Independentemente das considerações politicas que se façam sobre os anos Reagan, não é certo afirmar, como se de uma absoluta verdade se tratasse, que os cortes nos impostos então concretizados apenas tenham abrangido e beneficiado os ‘ricos’, a menos, claro, que consideremos todos os americanos relativamente ricos.
Deixemo-nos de tretas. Na verdade, o americano médio beneficiou, durante a presidência Reagan, de um corte de 22% nos impostos a seu cargo, e, os menos ricos de todos (mas, ainda assim ricos?), viram os seus impostos baixarem em 38 %.
Está estudado e dito por muitos – World Almanac, National Rewiew, Census Bureau (p. Ex.) - que o resultado destes cortes brutais nos impostos – de todos - levados a cabo pela administração Reagan, ao contrário do que alguns apregoam, não tiveram como resultado os pobres ficarem mais pobres e os ricos mais ricos, mas precisamente o contrário. Fruto das Reaganomics, o gap entre ricos e pobres diminuiu. Como também não é certo afirmar que os cortes nos impostos contribuíram substancialmente para o aumento do défice (para o dobro e não para o triplo).
Ao não passar da Praia, corre-se o risco de tomar por verdadeiras algumas das fábulas que à volta da revolução conservadora de Reagan foram sendo criadas.
O aumento do défice - pondo de lado o espanto (ou nem por isso) com a súbita importância que este, quando estamos a falar da América, passa a ter para a esquerda que cá o subvaloriza – alicerçou-se noutras causas:
(i) Numa descida acelerada da até então galopante inflação herdada do fraquíssimo Jimmy Carter - esse, sim, um presidente para esquecer, cuja pobre performance económica deixou a economia consideravelmente debilitada -, que levou ao aumento genérico da despesa federal com vista à revitalização da economia (revitalização que, entre outras coisas boas, teve como consequência um substancial aumento na criação de emprego, também ele, neste contexto Reaganistico, menosprezado pela esquerda facciosa que aqui em Portugal o reclama).
(ii) E no específico e significativo aumento de gastos com a defesa, a partir dos quais se criaram as condições para tornar a América de tal forma segura (pelo menos virtualmente) que, por arrasto, acabou com a União Soviética, num feito comparável à queda de Cartago face a Roma.
Mas este facto, na Praia onde se ditam verdades absolutas, já é questionável e matéria de debate. Quem acha que Reagan deu cabo da economia e finanças americanas, e não quer falar mais nisso, acha igualmente que a queda da União Soviética, do muro, e dos regimes comunistas que pela Europa proliferavam, se deve, não tanto a Reagan (e ao Papa, acrescento eu), como - depreende-se que sobretudo - ao declínio inexorável para o qual caminhavam desde a década de 60 (!?).
Os checos, os polacos, os alemães de leste, os romenos e outros povos de leste que passaram os 60, 70 e 80, nos seus países, que o digam.
Ora, o fim do comunismo global, se outras vantagens não trouxe aos nossos esquerdistas locais, serviu para que, anos depois de Reagan, pudessem vangloriar-se com alguns dos feitos do seu herói americano: Clinton, Bill.
Não fosse o desaparecimento do Bloco de Leste e da ameaça que para os EUA ele representava, e não teria podido Clinton cortar a eito despesas correntes até aí por ninguém postas em causa. Só para dar um exemplo: com o fim da guerra-fria, o staff do Pentágono foi reduzido em 71%. Graças a quem? A Clinton. Mas também a Reagan, que tornou dispensáveis essas despesas.
Olhando para os factos, a performance económica da presidência de Reagan quando comparada com os períodos anterior (Ford-Carter) e posterior (Bush-Clinton), ganha à luz de quase todos os critérios chave de análise.
Mas, na Praia – onde abortar de graça e proibir as rezas nas aulas são as verdadeiras prioridades -, o crescimento económico, o aumento do rendimento familiar médio, a descida da inflação, a subida do emprego e da produtividade, são questões de somenos.
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