Também eu quero dar os parabéns ao Mourinho
Vamos, pois, ter duas gabardines de napa na final de Gelsenkirshen. Uma, pertença de um boulanger de nome Dos Campos, que em tempos ganhou a vida a jogar (e bem) futebol. A outra, daquele que, muito provavelmente, é o melhor treinador do momento.
José Mourinho regressou a Portugal e logo, por não lhes ter dado cavaco, foi posto de lado pela pandilha treinadores recorrentes e incompetentes – os Maneis Zés dos gansos embebedados; os Quinitos das finais da taça, da nossa triste taça, vestidos de fraque; os Cajudas primos da nandrolona que ‘metem a carne toda no assador’. Uma malta que tem alimentado o futebol português de mediocridade e primarismo. Aos ataques destes invejosos, seguiram-se os ataques, também invejosos – compreensivelmente invejosos, neste caso, dados os resultados que foi conseguindo no Porto –, de benfiquistas e sportinguistas, secundados em certa medida pelos media que neles vêm o público-alvo preferencial (afinal, são 9 milhões).
Perante tudo isto, Mourinho foi criando defesas que passam por uma atitude antipática e, geralmente, mal encarada, às vezes rude, que por sua vez provoca novos ataques e, assim, se alimenta a si própria.
Não acho que Mourinho seja arrogante. O que acho é que as pessoas, neste país (e, se calhar, nos outros), confundem arrogância com segurança, com auto-estima, com confiança. Só aos modestos ou falsos modestos é dado direito de vencer, e nunca àqueles que partem para a luta convencidos que vão ganhá-la – onze contra onze, a bola é redonda, todos os resultados são possíveis, a conversa estafada de sempre.
Mourinho teve a lata de ser diferente. Disse que ia ganhar. Mostrou-se convencido que ia ganhar, porque estava convencido que ia ganhar. Ganhou e é um convencido. So what? O que é que interessa que ele seja convencido se tem todas as razões para sê-lo, como se tem visto.
Gosto de Mourinho. Digo-o agora, como disse há três ou quatro anos quando meia dúzia de grunhos da Juve Leo impediram que viesse para o Sporting. Digo-o, por muito que isso choque os meus amigos mais susceptíveis. Gosto de Mourinho, porque Mourinho sabe muito de futebol. Sabe mais do que nós, que nos limitamos a ver jogos (ainda que milhares de jogos), o que, parecendo natural, é pouco habitual, quando falamos de treinadores portugueses. Mais. Mourinho, nas poucas vezes em que fala de futebol, nas poucas em que lhe dão oportunidade de falar sobre futebol e não o enchem com o emaranhado de questiúnculas e casos da nossa bola, consegue ser interessante. Mourinho sabe de táctica e de estratégia – expressões que na boca de um Gabriel Alves metem dó, com Mourinho fazem sentido quando aplicadas ao jogo que me estraga tantos fins-de-semana. Mourinho sabe ‘montar’ a equipa (ao que dizem as más línguas, por saber montar na equipa). Mourinho sabe muito. É muito competente. É profissional e, por isso, ganha.
Pois então, que ganhe ao Mónaco.
Devia ser proibido jogar-se à bola no Mónaco. Não faz sentido haver lá um clube de futebol. Mónaco é Formula Um. Mónaco é Roleta. Mónaco é Stephanie (ou melhor, era Stephanie, há muitos anos). Mónaco é circo. É França com a mania que não é. Mónaco não é futebol; quanto muito é gala do futebol.
Que se lixe o Pinto da Costa e o putanheiro Reinaldo Teles. Nunca antes desejei tanto que o Mónaco perdesse. Espero nunca mais vir a desejar que o Porto ganhe.
Vamos, pois, ter duas gabardines de napa na final de Gelsenkirshen. Uma, pertença de um boulanger de nome Dos Campos, que em tempos ganhou a vida a jogar (e bem) futebol. A outra, daquele que, muito provavelmente, é o melhor treinador do momento.
José Mourinho regressou a Portugal e logo, por não lhes ter dado cavaco, foi posto de lado pela pandilha treinadores recorrentes e incompetentes – os Maneis Zés dos gansos embebedados; os Quinitos das finais da taça, da nossa triste taça, vestidos de fraque; os Cajudas primos da nandrolona que ‘metem a carne toda no assador’. Uma malta que tem alimentado o futebol português de mediocridade e primarismo. Aos ataques destes invejosos, seguiram-se os ataques, também invejosos – compreensivelmente invejosos, neste caso, dados os resultados que foi conseguindo no Porto –, de benfiquistas e sportinguistas, secundados em certa medida pelos media que neles vêm o público-alvo preferencial (afinal, são 9 milhões).
Perante tudo isto, Mourinho foi criando defesas que passam por uma atitude antipática e, geralmente, mal encarada, às vezes rude, que por sua vez provoca novos ataques e, assim, se alimenta a si própria.
Não acho que Mourinho seja arrogante. O que acho é que as pessoas, neste país (e, se calhar, nos outros), confundem arrogância com segurança, com auto-estima, com confiança. Só aos modestos ou falsos modestos é dado direito de vencer, e nunca àqueles que partem para a luta convencidos que vão ganhá-la – onze contra onze, a bola é redonda, todos os resultados são possíveis, a conversa estafada de sempre.
Mourinho teve a lata de ser diferente. Disse que ia ganhar. Mostrou-se convencido que ia ganhar, porque estava convencido que ia ganhar. Ganhou e é um convencido. So what? O que é que interessa que ele seja convencido se tem todas as razões para sê-lo, como se tem visto.
Gosto de Mourinho. Digo-o agora, como disse há três ou quatro anos quando meia dúzia de grunhos da Juve Leo impediram que viesse para o Sporting. Digo-o, por muito que isso choque os meus amigos mais susceptíveis. Gosto de Mourinho, porque Mourinho sabe muito de futebol. Sabe mais do que nós, que nos limitamos a ver jogos (ainda que milhares de jogos), o que, parecendo natural, é pouco habitual, quando falamos de treinadores portugueses. Mais. Mourinho, nas poucas vezes em que fala de futebol, nas poucas em que lhe dão oportunidade de falar sobre futebol e não o enchem com o emaranhado de questiúnculas e casos da nossa bola, consegue ser interessante. Mourinho sabe de táctica e de estratégia – expressões que na boca de um Gabriel Alves metem dó, com Mourinho fazem sentido quando aplicadas ao jogo que me estraga tantos fins-de-semana. Mourinho sabe ‘montar’ a equipa (ao que dizem as más línguas, por saber montar na equipa). Mourinho sabe muito. É muito competente. É profissional e, por isso, ganha.
Pois então, que ganhe ao Mónaco.
Devia ser proibido jogar-se à bola no Mónaco. Não faz sentido haver lá um clube de futebol. Mónaco é Formula Um. Mónaco é Roleta. Mónaco é Stephanie (ou melhor, era Stephanie, há muitos anos). Mónaco é circo. É França com a mania que não é. Mónaco não é futebol; quanto muito é gala do futebol.
Que se lixe o Pinto da Costa e o putanheiro Reinaldo Teles. Nunca antes desejei tanto que o Mónaco perdesse. Espero nunca mais vir a desejar que o Porto ganhe.
<< Home