4.30.2004

Louçã. Com as orelhas a arder (mantém o ar trágico)

O Paulo Pinto Mascarenhas tem dado porrada da grossa no Bloco. Em minha opinião, tem prestado um serviço público.
Entendo que não devemos levar o Bloco demasiado a sério. Tal como aqui escrevi (em 04.02.2004), o Bloco, ao não compartilhar, e enquanto não compartilhar, os conceitos de liberdade e responsabilidade inerentes à democracia que temos, quase unanimemente aceites, não passa e não passará de um partido marginal. O facto de assim ser não exclui, porém, que seja útil combatê-lo (politicamente e não à bomba). Desmascarando as suas farsas, rebatendo o seu argumentário, desmentindo as suas calúnias, falando mais alto quando gritam, interrompendo as suas sistemáticas interrupções. Evitando que seduza outras esquerdas, num momento de debilidade destas, para fazer passar algumas das suas irresponsáveis políticas. Impedindo os males que, ainda assim, pode criar.
A direita esclarecida, ou uma grande parte da direita esclarecida, tem pouca paciência para a ginástica política de manutenção. Fica à espera dos momentos que julga importantes para aparecer, quando se digna aparecer. É por essa razão que vivemos na permanente ilusão de que em Portugal a grande maioria é de esquerda. É por esta razão que a porrada que o Paulo habitualmente dá no Bloco é de louvar.
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