3.07.2004

Um selvagem
Eu percebo o que é que o No Quinto dos Impérios (pelo teclado do Diogo) quer dizer com este post. Percebo e estou de acordo – no que respeita aos processos-crime em que Avelino é arguido, quero que se faça justiça.
Mas quando a conversa é sobre Avelino, as coisas não podem ficar por aí. Avelino, para além de ser arguido em vários processo-crime – nos quais, repito, quero que se faça justiça – é militante do PP, faz parte do seu (nado morto) senado, é um dos pouquíssimos presidentes de câmara eleitos que este partido tem, e, acima de tudo, é um selvagem, não só na sua vida pessoal e privada (presunção inilidível, pois nunca privei com o personagem), como, mais grave, na sua vida publica e politica.
Avelino é primário e com o seu, reiterado e sistemático, vergonhoso comportamento, arrasta para a lama todos aqueles que a ele aparecem associados, a menos que dele se demarquem de forma clara, inequívoca e irreversível. O que eu quero dizer é que as pessoas do PP que se prezam e prezam o partido, tem que, não só condenar veementemente Avelino, como, expulsá-lo do partido e, obviamente, nunca mais o apoiar em qualquer eleição que seja.
A um político não basta ter votos. Para mim, ter votos nem sequer é o mais importante. Antes, durante e depois disso, é fundamental que o político tenha um mínimo de educação, de civismo, que não nos envergonhe pelo simples facto de existir, que não se porte como um bicho. E Avelino não preenche nenhum destes requisitos, pelo que não pode, em circunstância alguma, ser politicamente apoiado por um partido que queira ser respeitado.
Muita gente diz que são políticos como Avelino que afastam os cidadãos da política. Em parte esta ideia está certa - a maioria das pessoas capazes tem cada vez menos vontade de intervir na política, para não correr o risco de ver-se misturada com o tipo de gente de que Avelino é exemplo. Mas, essa ideia, não é totalmente correcta. Há uma fatia da população, que por ser também ela primária e boçal, vota em Avelino por com ele se identificar.
Nestes casos, em que o povo é quem mais ordena, só resta aos partidos que se querem respeitáveis, dentro daquilo que está ao seu alcance, procurar evitar que os Avelinos deste país continuem a representar seja quem for.
Neste caso, fiquei pacientemente à espera da reacção do PP à última javardice de Avelino, e à espera continuo. Até agora ninguém do PP disse nada de fundo sobre a questão, e, pelo tardar da reacção, temo que a próxima vez que o PP venha pronunciar-se sobre Avelino seja nas próximas autárquicas, ao lado dele, a apoiá-lo na eleição para uma qualquer câmara.
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