3.12.2004

Passion
Por ora, preocupa-me pouco a qualidade cinematográfica do filme que, em qualquer caso, ainda não vi. Por ora, interessa-me acima de tudo o clima de censura que sobre ele, em Portugal, se está a abater.
De repente, a esquerda bem pensante impressiona-se com o sangue e indigna-se com o suposto mau tratamento que é dado aos judeus. Bastou a Igreja ter dado o seu aval ao filme para que os argumentos começassem a proliferar – é porque é realista, é porque é literal, é porque é violento, é porque é anti-semita, mas no fundo, é porque é sobre Jesus Cristo e, por uma vez, retrata-o como humano e retrata o seu calvário tal como no evangelho é descrito. E isso, para os anticlericais primários, é difícil de engolir.
A imagem de um homem a levar porrada sem reagir não se enquadra nos seus planos para o cristianismo.
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