3.02.2004

Batoteiros
Veja-se a batota e o descaramento com que certa esquerda petulante e arrogante que a faz, fala de uma petição contra a despenalização do aborto.
Que eu saiba, e todos sabemos, e eles sabem que nós sabemos, os únicos votos que até agora foram contados nesta matéria, foram em maioria para o NÃO. É, pois, mentira que não se queiram contar votos. Já foram contados e eram mais.
Também quanto à contagem de assinaturas essa esquerda faz batota e mente. Não é verdade que tenham sido aqueles que são contra a despenalização do aborto a começar a discussão das assinaturas. Quem primeiro falou de um certo movimento nacional, ou vaga de fundo, ou lá o que é, para alterar a lei do aborto, baseando-se para tal no número de assinaturas de uma petição, foi essa esquerda. Segundo ela, o elevado número de assinaturas peticionando um novo referendo era a prova de que o país tinha mudado quanto a esta questão.
Que eu saiba, e é bom que eles saibam que nós sabemos que eles vão ter que saber, o número de assinaturas recolhidas numa petição contra a despenalização do aborto apenas lhes foi exibido como contraprova da existência dessa vaga de fundo. Só por isso se fala em assinaturas, ou será que o que vale para um lado não vale para o outro?
Outra batota que esta esquerda sistematicamente faz, é a de estigmatizar os que são contra o aborto e, consequentemente, a favor da penalização do mesmo, insultando-os de radicais e outras coisas do género, sem perder um minuto que seja a distinguir a multiplicidade de razões, de convicções e de posturas que “as pessoas que são contra o aborto” têm. Eu por mim, distingo bem entre os que querem alterar a lei e não recorrem à batota, dos outros, uma minoria, que de tão mediática acaba por parecer maior e que no fundo que não é assim tão fundo se está nas tintas para as pessoas que supostamente defende.
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