Jorge Sampaio - capaz do melhor e do pior
A fechar o ano, o pior. Indultar uma abortadeira que, de forma usurária, explora a desgraça alheia e, para mais, rouba medicamentos de hospitais públicos, não é forma aceitável de um presidente lutar pelas suas convicções, sejam elas quais forem.
O melhor. Dar um apertão à comunicação social a propósito do último episódio lamentável do “caso Casa Pia”, é algo que tinha que ser feito. E Jorge Sampaio fê-lo com autoridade e nível.
Há algum tempo que defendo que, pelo menos em certos processos, se deve estender o segredo de justiça à publicação ou divulgação nos média de factos que devem estar sob segredo de justiça, independentemente da fonte de onde provêm. Desta forma, acabava-se com a especulação sobre quem viola o segredo de justiça e sobre quem alimenta os jornais e televisões com estas matérias, pois, em qualquer caso, fosse quem tivesse sido, jornais ou televisões que divulgassem tais factos ficariam sujeitos a punição.
É ingénuo achar que um jornal, só por ser um jornal, vai ter um critério de bom senso na escolha daquilo que publica. Porque razão é que um advogado que tem acesso ao processo não pode divulgar o que sabe, inclusive à sua mulher, e um jornalista que tem acesso a uma “fonte” que tem acesso ao processo pode publicar impunemente tudo o que está em segredo de justiça, como se fosse uma lavandaria branqueadora do segredo de justiça, que acaba por sujar (de forma acentuada e por vezes irreparável) todos aqueles em defesa dos quais o segredo de justiça foi instituído.
Não se venha com conversas sobre censura. Os jornais são feitos por homens que, tal como eu, todas as pessoas e, até, o Presidente da República, são capazes do melhor e do pior.
O melhor. Dar um apertão à comunicação social a propósito do último episódio lamentável do “caso Casa Pia”, é algo que tinha que ser feito. E Jorge Sampaio fê-lo com autoridade e nível.
Há algum tempo que defendo que, pelo menos em certos processos, se deve estender o segredo de justiça à publicação ou divulgação nos média de factos que devem estar sob segredo de justiça, independentemente da fonte de onde provêm. Desta forma, acabava-se com a especulação sobre quem viola o segredo de justiça e sobre quem alimenta os jornais e televisões com estas matérias, pois, em qualquer caso, fosse quem tivesse sido, jornais ou televisões que divulgassem tais factos ficariam sujeitos a punição.
É ingénuo achar que um jornal, só por ser um jornal, vai ter um critério de bom senso na escolha daquilo que publica. Porque razão é que um advogado que tem acesso ao processo não pode divulgar o que sabe, inclusive à sua mulher, e um jornalista que tem acesso a uma “fonte” que tem acesso ao processo pode publicar impunemente tudo o que está em segredo de justiça, como se fosse uma lavandaria branqueadora do segredo de justiça, que acaba por sujar (de forma acentuada e por vezes irreparável) todos aqueles em defesa dos quais o segredo de justiça foi instituído.
Não se venha com conversas sobre censura. Os jornais são feitos por homens que, tal como eu, todas as pessoas e, até, o Presidente da República, são capazes do melhor e do pior.
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