há coisas que só vistas
(ou uma visita de Bush a Inglaterra, antes, durante e depois, da visita de Bush a Inglaterra)
Quem passar pelo número 196A de Piccadilly - um edifício histórico onde antes funcionou um conhecido banco - está longe de imaginar o que lá por dentro acontece. Há quem sustente que é uma farsa e uma aldrabice. Outros dizem que é arte. Eu, não sabendo bem o que é, sei que gostei muito.
Nessa morada fica a galeria Hauser & Wirth, e nela, desde o passado dia 16 de Outubro, está a ser exibido o último trabalho Paul McCarthy.
Do início dos anos 70 até agora, já passaram trinta anos. Mas os espectáculos grotescos que em tempos escandalizaram Los Angeles e hoje são dados a ver nas mais respeitáveis galerias deste mundo, continuam cheios de criatividade.
Em Londres é exibido Piccadilly Circus - um vídeo projectado simultaneamente em três paredes da grande (e com pé direito altíssimo) sala principal da galeria, "decorada" com o cenário devastado e caótico resultante da performance que serviu à filmagem do vídeo. "Cashier number four please, ... cashier number two please, ...", repete uma velha gravação, à hora do chá para o qual a Rainha de Inglaterra convidou George W. Bush e Osama Bin Laden, caracterizados McCarthynianamente, com cabeças e pés gigantes, género Mickey da Disneylândia. Se no início tudo é sossegado - com a Rainha a receber gentilmente os convidados, que de forma educada tomam os seus lugares - à medida que os vídeos avançam, a coisa descamba. A casa é virada do avesso, a mobília é destruída, as personagens entram numa espécie de esquizofrenia aguda, com atitudes e gestos escabrosos e repetitivos. Um espectáculo verdadeiramente selvagem e javardo, impróprio para descrever com mais detalhe neste blog.
Não vale a pena procurar nisto significados ou mensagens - políticas ou outras.
Vale a pena ver. Pelo menos uma vez.
Quem passar pelo número 196A de Piccadilly - um edifício histórico onde antes funcionou um conhecido banco - está longe de imaginar o que lá por dentro acontece. Há quem sustente que é uma farsa e uma aldrabice. Outros dizem que é arte. Eu, não sabendo bem o que é, sei que gostei muito.
Nessa morada fica a galeria Hauser & Wirth, e nela, desde o passado dia 16 de Outubro, está a ser exibido o último trabalho Paul McCarthy.
Do início dos anos 70 até agora, já passaram trinta anos. Mas os espectáculos grotescos que em tempos escandalizaram Los Angeles e hoje são dados a ver nas mais respeitáveis galerias deste mundo, continuam cheios de criatividade.
Em Londres é exibido Piccadilly Circus - um vídeo projectado simultaneamente em três paredes da grande (e com pé direito altíssimo) sala principal da galeria, "decorada" com o cenário devastado e caótico resultante da performance que serviu à filmagem do vídeo. "Cashier number four please, ... cashier number two please, ...", repete uma velha gravação, à hora do chá para o qual a Rainha de Inglaterra convidou George W. Bush e Osama Bin Laden, caracterizados McCarthynianamente, com cabeças e pés gigantes, género Mickey da Disneylândia. Se no início tudo é sossegado - com a Rainha a receber gentilmente os convidados, que de forma educada tomam os seus lugares - à medida que os vídeos avançam, a coisa descamba. A casa é virada do avesso, a mobília é destruída, as personagens entram numa espécie de esquizofrenia aguda, com atitudes e gestos escabrosos e repetitivos. Um espectáculo verdadeiramente selvagem e javardo, impróprio para descrever com mais detalhe neste blog.
Não vale a pena procurar nisto significados ou mensagens - políticas ou outras.
Vale a pena ver. Pelo menos uma vez.
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