11.19.2003

All Blacks down

Nove da manhã de Sábado em Lisboa, quase meio dia de diferença horária nos antípodas. Em Sidney, uma Austrália hiper eficaz derrotou a Nova Zelândia afastando-a da final do campeonato do mundo de rugby.
Embora goste mais de futebol (porque cresci a ver e a ouvir, porque o meu clube é um clube de futebol, porque, porque, porque), considero o rugby, hoje, sem hesitação, um desporto muito mais são. No rugby não há anti jogo, nem perdas de tempo, nem manhas, nem ronhas, nem fitas. Quem cai ao chão levanta-se de imediato, porque tem vergonha de lá ficar. E quem cai e se levanta, cai pela força de placagens em alta velocidade e centenas de quilos em cima, não com um toque aqui ou um empurrão acolá. No rugby, ao contrário do futebol, não há casos, nem discussões com árbitros. As rivalidades são antigas mas os adeptos convivem nas bancadas. Os melhores jogam para ganhar pelo máximo de pontos possíveis e, mesmo quando estão a perder, continuam a jogar para ganhar pelo máximo de pontos possíveis. Foi assim no Austrália – Nova Zelândia. Os All Blacks, surpreendidos por uma Austrália muito táctica, cedo se viram a perder. Em nada foram abalados e lutaram, incansáveis, até ao fim. Mas, como o jogo só tem 80 minutos e do outro lado também se sabia jogar bem, o fim chegou e o resultado não se alterou. Tive pena. Os All Blacks representam o que há de melhor no rugby – a força e a alma.
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