What does this represent
Dos mais interessantes livros sobre arte, destaco "conceptual art" (Tony Godfrey. Phaidon). É uma historia da arte conceptual desde o seu início, com Marcel Duchamp, até aos dias de hoje, onde ela prolifera. Foi aí que descobri a obra "What does this represent? What do you represent?", que sintetiza todo o conceito de arte conceptual e da qual tirei o nome desta coisa. Numa fotografia a preto e branco, vê-se uma mulher nua sentada no canto de um quarto. A mulher é monstra e o seu corpo desagradável. No chão, em frente a ela, vêm-se várias armas de brinquedo, como pistolas e metralhadoras, e mickeys de plástico. Inscritas em letras pretas, na parte de baixo da fotografia, lêm-se as frases "what does this represent. What do you represent".
Como todos já pudemos constatar, a mais frequente questão que a arte conceptual provoca no público é: "o que é que isto significa?!", entoada com um misto de confusão e indignação, como se quem a faz estivesse a ser enganado. Esta obra antecipa-se a essa inevitável questão do público e contra-ataca com outra: "o que é que tu representas".
Às vezes, a arte conceptual representa qualquer coisa facilmente decifrável, outras vezes dá pistas para aquilo que pode representar, permitindo várias leituras, outras, ainda, não representa nada, senão um objecto que, colocado num determinado contexto, se convenciona chamar de arte.
Às vezes, é melhor não fazermos certas perguntas, sob pena de revelarmos com elas a nossa profunda ignorância.
Como todos já pudemos constatar, a mais frequente questão que a arte conceptual provoca no público é: "o que é que isto significa?!", entoada com um misto de confusão e indignação, como se quem a faz estivesse a ser enganado. Esta obra antecipa-se a essa inevitável questão do público e contra-ataca com outra: "o que é que tu representas".
Às vezes, a arte conceptual representa qualquer coisa facilmente decifrável, outras vezes dá pistas para aquilo que pode representar, permitindo várias leituras, outras, ainda, não representa nada, senão um objecto que, colocado num determinado contexto, se convenciona chamar de arte.
Às vezes, é melhor não fazermos certas perguntas, sob pena de revelarmos com elas a nossa profunda ignorância.
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