TAIPEI
Barracas. Não daquelas dos pobres. Das de madeira nova com vários andares e materiais de boa qualidade. Árvores, muitas, muitas árvores entre as barracas e os prédios. Prédios, quadrados com 6/7 andares e com anexos pendurados nas janelas tipo gaiolas.
“Porquê? Porque já não há espaço para construir mais casas e as famílias não param de crescer”
O Hotel é de luxo asiático, versão novo-rico, com muitos mármores e muitos doirados e um lobby gigante. È central e de lá dá para ir a pé para a rua principal.
11h48m10s o sinal em frente ao hotel está encarnado. Pára um táxi e logo de seguida pára uma mota.
11h48m30s mais 10 motas seguidas de mais 30.
11h48m45s estão mais de cinquenta motas paradas na primeira linha do sinal. A poluição é insuportável e, por isso, todos os motards têm máscaras daquelas que se usa para a pneumonia atípica.
Na avenida principal a iluminação é de neons e as lojas são as mesmas de todas as avenidas principais de todas as cidades que são cidades principais.
Nova saída do hotel.
“Estou a pensar em ir a uma loja de discos muito boa que há aqui”
“Onde é que é?” “Deixa-me ver no mapa” “é do outro lado da cidade!”
“Não faz mal. Há táxis”
“Mas não sabemos dizer isto em chinês”
“Aponta-se no mapa”
A cidade, de facto, é gigantesca. Nunca mais se chega a lado nenhum e o trânsito é caótico. Passa-se por vários night markets e a tal loja de discos está fechada.
Num night market vêm-se aquários do género dos que há nas marisqueiras, só que, em vez de santolas e lagostas, têm peixes exóticos de cores florescentes que não se imaginam comestíveis mas são. Atrás de umas cortinas percebe-se que está a haver uma luta de cães, pois, para além dos ladrares furiosos houvem-se gritos selváticos dos apostadores. Mais à frente, estão várias cobras vivas penduradas pelo rabo numa corda.
“O que é isto?”
Um chinês corta a cobra pendurada de alto a baixo e deixa escorrer o sangue para um copo. Um outro chinês paga ao primeiro chinês e bebe o sangue da cobra.
“diz que dá tusa” "É..." “E, a primeira coisa que uns portugueses fizeram quando vieram trabalhar para cá, para o estaleiro de Kaohsiung (um dos maiores portos do mundo), foi vir aqui beber uns copos de sangue” “É típico não é?”
Ainda no night market, há bancas de comida por todo o lado, ao lado de bidons de óleo que servem de fogão. O que mais se vende são uns polvos secos e espalmados pendurados num espaldar.
Dos bidons/fogão sai um cheiro nauseabundo, a uma qualquer especiaria que eles usam em tudo, na comida da ruas e na dos melhores restaurantes. É mesmo, mas mesmo, preciso tapar o nariz.
“Estou farto desta comida! Sabe toda a esta horrível especiaria” “hoje vou comer um hamburger”
Em todos os snacks dos hotéis há hambugers e club sandwich.
Vem o hamburger.
“Merda! Também sabe àquilo”
Barracas. Não daquelas dos pobres. Das de madeira nova com vários andares e materiais de boa qualidade. Árvores, muitas, muitas árvores entre as barracas e os prédios. Prédios, quadrados com 6/7 andares e com anexos pendurados nas janelas tipo gaiolas.
“Porquê? Porque já não há espaço para construir mais casas e as famílias não param de crescer”
O Hotel é de luxo asiático, versão novo-rico, com muitos mármores e muitos doirados e um lobby gigante. È central e de lá dá para ir a pé para a rua principal.
11h48m10s o sinal em frente ao hotel está encarnado. Pára um táxi e logo de seguida pára uma mota.
11h48m30s mais 10 motas seguidas de mais 30.
11h48m45s estão mais de cinquenta motas paradas na primeira linha do sinal. A poluição é insuportável e, por isso, todos os motards têm máscaras daquelas que se usa para a pneumonia atípica.
Na avenida principal a iluminação é de neons e as lojas são as mesmas de todas as avenidas principais de todas as cidades que são cidades principais.
Nova saída do hotel.
“Estou a pensar em ir a uma loja de discos muito boa que há aqui”
“Onde é que é?” “Deixa-me ver no mapa” “é do outro lado da cidade!”
“Não faz mal. Há táxis”
“Mas não sabemos dizer isto em chinês”
“Aponta-se no mapa”
A cidade, de facto, é gigantesca. Nunca mais se chega a lado nenhum e o trânsito é caótico. Passa-se por vários night markets e a tal loja de discos está fechada.
Num night market vêm-se aquários do género dos que há nas marisqueiras, só que, em vez de santolas e lagostas, têm peixes exóticos de cores florescentes que não se imaginam comestíveis mas são. Atrás de umas cortinas percebe-se que está a haver uma luta de cães, pois, para além dos ladrares furiosos houvem-se gritos selváticos dos apostadores. Mais à frente, estão várias cobras vivas penduradas pelo rabo numa corda.
“O que é isto?”
Um chinês corta a cobra pendurada de alto a baixo e deixa escorrer o sangue para um copo. Um outro chinês paga ao primeiro chinês e bebe o sangue da cobra.
“diz que dá tusa” "É..." “E, a primeira coisa que uns portugueses fizeram quando vieram trabalhar para cá, para o estaleiro de Kaohsiung (um dos maiores portos do mundo), foi vir aqui beber uns copos de sangue” “É típico não é?”
Ainda no night market, há bancas de comida por todo o lado, ao lado de bidons de óleo que servem de fogão. O que mais se vende são uns polvos secos e espalmados pendurados num espaldar.
Dos bidons/fogão sai um cheiro nauseabundo, a uma qualquer especiaria que eles usam em tudo, na comida da ruas e na dos melhores restaurantes. É mesmo, mas mesmo, preciso tapar o nariz.
“Estou farto desta comida! Sabe toda a esta horrível especiaria” “hoje vou comer um hamburger”
Em todos os snacks dos hotéis há hambugers e club sandwich.
Vem o hamburger.
“Merda! Também sabe àquilo”
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