RTPetas
A RTP vai dedicar uma série de programas aos 25 anos do Papa. Até aqui tudo bem.
A coisa só começa a correr mal, quando, no anúncio de uma entrevista ao Cardeal de Lisboa, são lançadas por uma voz off as seguintes ideias:
"(o Cardeal) ... vai falar-nos dos novos pecados sociais (...) da corrupção e da fuga aos impostos (...)" rematando com a pergunta retórica "estará a Igreja a virar à esquerda?".
Com esta questão, a RTP, de uma forma não tão subliminar como pode parecer, acusa, pelo menos, metade daqueles que financiam a sua existência de, no mínimo, não se importarem o que quer que seja com a corrupção ou com a fuga ao fisco.
Ao atribuir o exclusivo da preocupação e combate a estes dois fenómenos à esquerda, a RTP (voluntariamente ou negligentemente por permitir que um qualquer idiota faça estes textos sem que sejam revistos) está, directamente, a afirmar que quem não é de esquerda não tem preocupações destas e não se incomoda em viver no meio da corrupção e da fuga aos impostos. De outro modo, como seria possível a Igreja vir alertar para estes "pecados sociais" sem que antes se tivesse convertido à esquerda.
Num qualquer jornal ou televisão privada, este tipo de afirmação, não sendo de estranhar, não era razão para “postar”.
Na RTP, canal pago por todos, de esquerda, de direita e já agora do centro e de nada, não é admissível.
É assim que as mentiras, de tantas vezes repetidas, passam a ser tomadas por verdades.
Pelos parvos, claro.
A RTP vai dedicar uma série de programas aos 25 anos do Papa. Até aqui tudo bem.
A coisa só começa a correr mal, quando, no anúncio de uma entrevista ao Cardeal de Lisboa, são lançadas por uma voz off as seguintes ideias:
"(o Cardeal) ... vai falar-nos dos novos pecados sociais (...) da corrupção e da fuga aos impostos (...)" rematando com a pergunta retórica "estará a Igreja a virar à esquerda?".
Com esta questão, a RTP, de uma forma não tão subliminar como pode parecer, acusa, pelo menos, metade daqueles que financiam a sua existência de, no mínimo, não se importarem o que quer que seja com a corrupção ou com a fuga ao fisco.
Ao atribuir o exclusivo da preocupação e combate a estes dois fenómenos à esquerda, a RTP (voluntariamente ou negligentemente por permitir que um qualquer idiota faça estes textos sem que sejam revistos) está, directamente, a afirmar que quem não é de esquerda não tem preocupações destas e não se incomoda em viver no meio da corrupção e da fuga aos impostos. De outro modo, como seria possível a Igreja vir alertar para estes "pecados sociais" sem que antes se tivesse convertido à esquerda.
Num qualquer jornal ou televisão privada, este tipo de afirmação, não sendo de estranhar, não era razão para “postar”.
Na RTP, canal pago por todos, de esquerda, de direita e já agora do centro e de nada, não é admissível.
É assim que as mentiras, de tantas vezes repetidas, passam a ser tomadas por verdades.
Pelos parvos, claro.
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