10.27.2003

Live real fast and die real young
Fui a correr comprá-lo logo, logo, que saiu. E de imediato o comecei a ouvir, repetidamente, no carro que é onde começo a ouvir os discos acabados de comprar e que a vontade de ouvir não permite mais demoras.
As primeiras impressões foram de desilusão e frustração. Não me parecia tão bom como aquilo que estava à espera, sendo certo que estava à espera de muito.
Alguns dias depois, algumas voltas de carro depois, eis que, à passagem dos 00m 43s da música 3, se dá a revelação: um baixo (ou será uma guitarra) apunkalhado entra a rasgar e é perseguido por uma guitarra progressivo-sentimentalona que, sob a voz em registo low-fi, se vai destacando da restante massa sonora, atingindo o apogeu aos 02m 45ss, quando irrompe num solo glorioso tipo “banda sonora para um momento em que tudo pode acontecer”.
Afinal, isto é mesmo bom!
Pois é.
"Room on Fire" não é “This is it” - um disco Bigger than life.
Mas nele sente-se a pressa de viver que só os grandes discos punk têm.
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